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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Clima pode levar à menor safra de café do México em 20 anos

O México pode ter a colheita de café mais fraca em quase 20 anos. Chuvas fora de época e clima frio resultaram em maturação irregular dos cafezais, o que provoca falta de mão de obra nas fazendas onde trabalhadores, pagos por cesto, não encontram cerejas suficientes para colher. O país é o segundo maior produtor mundial de café arábica suave e lavado, depois da Colômbia. A safra deste ano escapou de geadas que atingiram lavouras de milho, tomate, pimentão e outros produtos no início deste mês. Mas os cafeeiros antigos produzem menos cerejas, enquanto as plantas mais jovens ainda não são produtivas, o que restringe a oferta. A colheita fraca do México provocou queda de 26% nas exportações de café durante os quatro meses da temporada, que começou em outubro, na comparação com o ano anterior. Embora o governo do país diga que a colheita será 5% maior do que a do ano passado, somando 4,4 milhões de sacas de 60 kg, a principal exportadora do país, Agroindústrias Unidas de Mexico, não é tão otimista. A companhia estima a produção deste ano-safra em 3,5 milhões de sacas. A mais recente quebra na safra do país ocorreu em 1992/93, quando totalizou 3,4 milhões de sacas. O analista Rodrigo Costa, da corretora Newedge, avalia que "qualquer perda de produção em qualquer país vai contribuir para o que vemos no mercado, em termos de oferta apertada, especialmente de grãos de qualidade". Preocupações com a queda das exportações de arábica nos principais produtores sustentam os preços internacionais da commodity. Para os produtores que gostariam de tirar proveito dos preços elevados do café, a quebra na safra do México e a falta de trabalhadores é frustrante. Ildorfo Javier Aguilar, proprietário de cinco hectares de café no Estado de Guerrero, afirmou que foi buscar 17 "peones" (trabalhadores rurais) no Nordeste do país, quando viajaram por dez horas na carroceria de seu caminhão. Dentro de uma semana, seis deles deixaram a fazenda. Aguilar suspeita que os trabalhadores tenham encontrado atividades mais produtivas em outras lavouras. "Eles simplesmente desapareceram", lamentou o produtor. Aguilar explicou que paga 17 pesos por cesto cheio (US$ 1,41), o que corresponde a 13 kg de cerejas de café. Embora os pagamentos variem de região para região, o valor está dentro do que outros produtores pagam em Guerrero. Aguilar explicou que, se os catadores realizarem colheita seletiva (removendo apenas as cerejas vermelhas e maduras), seriam capazes de encher apenas dois cestos por dia. "Mas eles não querem isso. Portanto, simplesmente colhem tudo", disse, referindo-se à derriça, tipo de colheita em que se remove também grãos verdes e folhas. No México, esse procedimento é chamado de "ordeña" (ordenha). No entanto, o diretor de operações da Associação Mexicana de Produção de Café, Rene Ávila, acredita que pequenos produtores vão encontrar alternativas para o problema da falta de mão de obra. Talvez eles mesmos tenham de colher. "Com os preços atuais do café, nenhuma cereja vai ficar no pé", observou Ávila. Em uma cidade próxima à de Aguilar, os próprios produtores vão de pé em pé, colhendo individualmente as cerejas que estão brilhantes e vermelhas. Levam um dia inteiro para garantir que apenas as melhores foram removidas, pois são poucas. Ricardo Ibarra, proprietário de 75 hectares de café no Estado de Chiapas, disse que "esta é uma questão de produtividade por hectare". De acordo com ele, "se você tem uma macieira quase sem maçãs e paga uma pessoa por maçã colhida, obviamente a pessoa não vai querer trabalhar para você. Esse é o problema do México, uma questão de produtividade". Agência Estado

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