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Monte Carmelo, Minas Gerais, Brazil
Rebeneficio, Armazenagem e Comercialização de Café
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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Café do Centro vê dificuldade para repassar a alta de preço

A escalada das cotações do café, em particular dos grãos de melhor qualidade, tipo gourmet, tem permitido a recuperação da renda no campo, mas a indústria enfrenta dificuldade para repassar o aumento. "O momento é difícil e deve se estender por mais tempo, pois a elevação do preço do café é constante e persistente", informa o diretor Rodrigo Branco Peres, do Café do Centro, uma das principais torrefadoras de grãos gourmet do País. "O cliente até entende a situação do mercado", observa. Branco Peres explica que a Colômbia, importante país produtor, há três safras não consegue atingir seu potencial produtivo por causa da renovação dos cafezais e de problemas climáticos. A América Central também tem apresentado queda na produção em alguns países. No Brasil, o cafeicultor mal remunerado nos últimos anos deixa de investir na lavoura. No cerrado mineiro, onde se produz um dos melhores grãos do País, a cotação do café subiu cerca de 90% nos últimos 12 meses, de R$ 275 a saca de 60 kg para atuais R$ 520 a saca, conforme dados levantados pelo AE Taxas. Segundo Branco Peres, mesmo com algum repasse, da ordem de 20%, o equilíbrio entre receita e despesa tem sido complicado. "Os grãos finos têm subido mais do que os outros tipos de café, mas jamais abriremos mão da qualidade", ressalta, acrescentando que a matéria-prima corresponde a cerca de 70% a 65% do custo total de produção na indústria. "O problema não é pouca quantidade, mas sim a falta de determinadas qualidades de café", comenta. As grandes torrefadoras também negociam reajuste com o varejo. Além disso, procuram alterar os blends, utilizando grãos mais baratos. Inevitavelmente a cotação dos cafés mais fracos está reagindo no mercado. Branco Peres salienta que não é possível estimar o nível de preço que o café pode alcançar. "A cotação pode até cair, mas certamente ficará em um novo nível, mais alto", diz. O segmento gourmet do Café do Centro representou no ano passado cerca de 50% de seu faturamento, estimado em R$ 30 milhões. A torrefadora encerrou 2010 com 3.600 clientes, dos quais 200 novos. Para 2011 a expectativa é crescer 30% em relação ao ano passado. Agência Estado

Nestlé faz aliança na Colômbia para garantir o fornecimento contínuo de café

A Nestlé e a Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia, sindicato que representa mais de 500.000 famílias no país, se uniram para desenvolver uma aliança estratégica ambiciosa para a sustentabilidade. O acordo, que foi protocolado nesta sexta feira pelo gerente-geral da Federação de Cafeicultores, Luis Genaro Muñoz Ortega, e Fiona Kendrick, vice-presidente sênior da Unidade de Estratégia de bebidas da empresa Nestlé e K. Andres Manuel, presidente da Nestlé na Colômbia, tem um investimento inicial de partes de US $ 3,2 milhões. Esta iniciativa faz parte do Plano NESCAFE que beneficia produtores e consumidores de café do mundo. A aliança foi assinado visando a apoiar os produtores de café para melhorar a produtividade das culturas através da renovação com variedades resistentes e garantir o fornecimento contínuo de café de alta qualidade. Esta iniciativa irá beneficiar mais de 1.200 agricultores e suas famílias no departamento de Valle del Cauca. "Estamos realmente impressionados com a capacidade de execução e no âmbito das atividades que a Federação e estamos orgulhosos de tê-los como parceiros", disse Fiona Kendrick, vice-presidente sênior da Unidade de Estratégia de bebidas da empresa Nestlé, que também chamou a aliança entre as organizações como um modelo. Esta primeira fase do projeto visa consolidar um plano de negócios entre as partes, com uma visão de sustentabilidade que permite ligação em nos próximos dez anos regiões do país de café. Por sua parte, Gerente Geral da Federação de Cafeicultores, Luis Genaro Muñoz Ortega, expressou sua satisfação com a assinatura de um acordo com a Nestlé e disse: "NESCAFE Plano e nossos programas de Sustentabilidade, com semelhanças conceituais e filosóficos que torná-los complementares , com esta parceria irá aumentar a disponibilidade de recursos para atingir os agricultores mais com serviços de qualidade e melhor informação aos consumidores ao redor do mundo. " NESCAFE Plano foi lançado em agosto de 2010 pelo CEO da Nestlé, Paul Bulcke e é apoiado pela Rainforest Alliance, uma organização internacional não-governamentais, juntamente com outros parceiros da Rede de Agricultura Sustentável (SAN por sua sigla em Inglês) e café 4C organização que promove a adesão aos critérios básicos sobre os pilares da sustentabilidade social, ambiental e econômico.

Frente fria provoca pancadas de chuva forte no Sudeste

A aproximação de uma frente fria pelo sul do Estado de São Paulo aumenta instabilidade em todo o interior de São Paulo, centro-sul e leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul de Espírito Santo, além de oeste do Paraná e grande parte do Centro-Oeste, provocando fortes pancadas de chuva nestas áreas, de acordo com a Climatempo. Uma massa de ar mais frio deixa o tempo aberto no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina. Outra massa de ar seco atua sobre nordeste de Minas Gerais e centro-sul da Bahia. Umidade continua alta no Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, resultando em chuva persistente nestas áreas.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Compradores tentam adiar aquisições de café

O mercado de café esteve bastante lento nessa quarta-feira, 23, tanto para a variedade arábica quanto para o robusta. A queda nos preços internacionais deixou muitos vendedores afastados do mercado, porém, agentes comentam que o interesse de compra também não foi expressivo. Diante das fortes altas, esses compradores tentam adiar as aquisições, com exceção daqueles que têm contratos a cumprir. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a quarta-feira a R$ 516,51/saca de 60 kg, aumento de 2,84% em relação à quarta anterior. Quanto ao robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 214,88/saca na quarta, elevação de 0,53% no mesmo período. (Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br)

"O mercado precisa respirar um pouco", diz analista

Os mesmos movimentos financeiros que levaram a uma liquidação de contratos de café e provocaram forte queda dos preços da commodity na quarta-feira na bolsa de Nova York se repetiu ontem e ampliou as perdas. E a envergadura das baixas foi similar. Se na quarta os contratos com vencimento em maio caíram 490 pontos, ontem recuaram 480 pontos e fecharam a US$ 2,6465 por libra-peso. Traders consultados pela agência Dow Jones Newswires classificaram o movimento como corretivo. "O mercado precisa respirar um pouco", disse Drew Geraghty, broker da ICAP Futures. O mercado interno ficou completamente travado para cafés de qualidade, com os compradores não querendo pagar que os vendedores pediam. No sul de Minas, as cooperativas colocaram alguns lotes a venda na faixa de R$ 535,00 a R$ 540,00.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Gaddafi diz que manifestantes estão sob efeito de drogas no café

O líder líbio, Muammar Gaddafi, culpou nesta quinta-feira o dirigente da Al Qaeda, Osama bin Laden, pela revolta contra seu governo e disse que os manifestantes estão sendo instigados por leite e Nescafé misturados com drogas alucinógenas. Gaddafi, que apenas dois dias antes prometera em um discurso divulgado pela TV esmagar a revolta e lutar até o fim, não demonstrou desta vez a mesma ira daquele pronunciamento. Ele falou desta vez para a TV estatal, por telefone, sem aparecer, e adotou um tom que parecia mais conciliatório, num momento em que boa parte da Líbia está fora de seu controle. "Eles têm 17 anos. Deram a eles pílulas à noite, colocaram pílulas alucinógenas em suas bebidas, seu leite, seu café, seu Nescafé", disse Gaddafi. "São criminosos... é lógico que vocês deixem esse fenômeno continuar em qualquer cidade?... Nós não veremos na Líbia o que está acontecendo no Egito e na Tunísia, nunca!". "Aqueles (no Egito e Tunísia) são pessoas necessitando de um governo e que têm reivindicações. Nosso poder está nas mãos do povo", declarou, em uma típica referência a seu peculiar regime, que ele diz ser baseado no poder concedido diretamente pelo povo. Nas declarações feitas à TV, Gaddafi acusou Bin Laden de manipular os cidadãos da Líbia, que tomaram o controle de regiões do país. "(Osama bin Laden) é o verdadeiro criminoso", disse Gaddafi por telefone à TV líbia. "Não se deixem influenciar por Bin Laden." O líder líbio, que está há mais de 40 anos no poder, afirmou que os manifestantes estão lutando entre si. Gaddafi disse ainda que, como líder do país, somente ele tem "autoridade moral". Também ofereceu condolências por aqueles que foram mortos nos confrontos e pediu calma à população. Mas afirmou que nenhuma pessoa "sã" iria se unir aos manifestantes contra ele e fez um chamado aos cidadãos líbios para que tomem as armas daqueles que estão protestando. "O que está acontecendo em Zawiyah é uma farsa... Homens sãos não entram numa farsa como essa", afirmou, referindo-se aos violentos confrontos que estavam ocorrendo na cidade de Zawiyah, situada a apenas 50 quilômetros de Trípoli, a capital da Líbia.

Ministro assume que Venezuela vai realizar nova importação de café

O ministro de Agricultura e Terras da Espanha, Juan Carlos Loyo, indicou que o governo do país vai realizar importações de café para garantir uma reserva estratégica do produto. O dirigente, ao responder o questionamento de deputados, apontou que as compras externas de café por parte do país sul-americano são normais, já que "a produção nacional está abastecida e não há só um dia que o governo não adquire café, mas além disso vamos comprar 240 mil quintais (184 mil sacas) adicionais para a garantia de reservas estratégicas", sustentou. Loyo expressou sobre o sistema de risco para o café e sustentou que hoje 250 mil hectares de café do país estão em zonas de baixo risco. Ainda durante sua presença no debate com os deputados, o ministro foi questionado sobre o produtor Franklin Brito. Esse cafeicultor morreu no ano passado depois de manter durante meses uma greve de fome para exigir do governo do presidente Hugo Chávez revisão da expropriação de suas terras. Brito, de 49 anos, mantinha jejuns intermitentes havia cinco anos. A propriedade dele, de 24 hectares, no Estado sulista de Bolívar, havia sido tomada em 2003. Em meio a sua última greve de fome, em dezembro, as autoridades o internaram à força no Hospital Militar Carlos Arbelo, alegando que necessitava de avaliação psicológica por causa da deterioração de sua saúde em razão do persistente protesto. O ministro apontou que o "governo foi respeitoso com Brito em todos os momentos e se reuniu, inclusive, com a Cruz Vermelha, em busca do adequado tratamento ao produtor".

Regulamentação do café reforçará Selo de Pureza ABIC

O novo Regulamento Técnico para Café Torrado em Grão e Café Torrado e Moído, implementado pela Instrução Normativa N° 16, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e em vigor desde ontem (23/02;11), conta com o apoio da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e vai potencializar o seu Selo de Pureza, certificação pioneira na área de alimentos e bebidas lançada há 21 anos e até hoje ativa. A opinião é do presidente da Abic, Almir José da Silva Filho, para quem a nova regulamentação vai reforçar as iniciativas da entidade "para combater a fraude e a adulteração, melhorando a qualidade do café e auxiliando as indústrias de todo o país que atuam corretamente e merecem que seus produtos sejam reconhecidos pelo varejo, pelos consumidores e tenham o justo valor". O novo regulamento determina os limites de 1% de impurezas (cascas, paus, marinheiros) e de 5% de umidade. "A IN 16, ao exigir controle de pureza e umidade tornará o café do dia-a-dia melhor para o consumidor", diz Almir Filho, lembrando que estas exigências, embora já praticadas pelo mercado, ganham agora a força de lei. Ele acredita que o setor está preparado para a regulamentação em virtude, principalmente, do programa do Selo de Pureza que hoje certifica 1.075 marcas de 454 indústrias associadas. Essa certificação só é dada após o produto ser coletado no varejo e analisado em laboratórios credenciados, prática feita aleatoriamente ao longo do ano. São mais de 3 mil análises anuais. Nestes 21 anos, mais de 51 mil análises foram feitas. "Esse controle efetivo é uma garantia de segurança para o varejo e os consumidores", diz o presidente. AVALIAÇÃO SENSORIAL A IN 16 previa também a análise sensorial do café, para avaliar atributos como fragrância, aroma, sabor e acidez, sendo aprovados apenas aqueles que obtivessem nota igual ou superior a 4 pontos, em uma escala de 0 a 10. Entretanto, atendendo pleito da Abic, essa exigência foi adiada por dois anos, conforme Instrução Normativa N° 6 publicada no dia 22 de fevereiro de 2011 no Diário Oficial da União (DOU). "As razões que apontamos para solicitar esse adiamento foram as dificuldades para a formação, treinamento e calibração dos provadores em todo o País, que demandam tempo e muito exercício para se obter bons resultados, de modo a não incorrer em análises com forte subjetividade. O ministro Wagner Rossi, sensível ao problema e demonstrando grande responsabilidade e atenção para com o setor industrial do café, sabedor das implicações que a nova norma imporia ao mercado, desde o produtor até o industrial, decidiu atender à nossa demanda", diz Almir Filho. Nesse período de dois anos, o governo promoverá a formação de profissionais classificadores especializados na avaliação de café torrado em grão e torrado e moído. Atualmente, 16 profissionais já foram treinados. A meta do Ministério da Agricultura é capacitar mais 340 técnicos e 500 industriais. QUALIDADE Para a Abic, a melhoria contínua da qualidade do café oferecido aos consumidores é uma das razões que faz o mercado interno ser um dos que mais crescem no mundo. Em 2010, foram industrializados 19,13 milhões de sacas de 60 kg, o que representa um crescimento de 4,03% em relação a 2009, que havia sido de 18,39 milhões de sacas. Esta taxa é mais do que o dobro do aumento médio do consumo mundial de café. Agora, com a implementação da IN 16, o trabalho da ABIC de conscientização dos associados quanto à qualidade do produto será reforçado. "Os industriais precisam redobrar seus cuidados na compra de matéria-prima, exigindo de seus fornecedores a qualidade que lhes será exigida no ponto de venda", diz Almir Filho. A entidade preparou um Guia da Qualidade que traz especificações da IN 16, informações técnicas sobre métodos de controle de impureza e de controle e análise da umidade, e com modelos de registros de todos os procedimentos. "São sugestões para que as indústrias implantem novos controles principalmente da matéria-prima adquirida e recebida." Em 2010, o consumo per capita de café no Brasil foi de 4,81 kg, o maior desde 1965, que foi de 4,72 kg, conforme registrado na época pelo extinto IBC – Instituto Brasileiro do Café. O consumo de 4,81 kg, que equivale a quase 81 litros de café por pessoa por ano, foi 3,5% maior ao registrado em 2009 (que ficou em 4,65 kg). Com isso, o consumo brasileiro se aproxima ao da Alemanha, que é de 5,86 kg por habitante/ano e já supera os índices da Itália e França, que são grandes consumidores de café. Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos – Finlândia, Noruega, Dinamarca – com um volume próximo dos 13 kg por pessoa/ano. PARA SABER MAIS Acesse aqui a página da Abic com a apresentação das IN 16 e IN 6. FONTE Tempo de Comunicação

Disparada do petróleo derruba bolsas na Ásia

A maior parte das bolsas asiáticas registrou nesta quinta-feira mais um dia de perdas, com as operações sendo influenciadas pela disparada do preço do petróleo no mercado internacional. O barril ultrapassou os US$ 100 em Londres e Nova York, marca que não era alcançada desde 2008, época da crise financeira global. A alta levou as ações do setor de aviação ao vermelho, diante da expectativa de aumento nos custos com combustível. Air China e Qantas Airlines caíram mais de 3% neste pregão.

Disparada do petróleo derruba bolsas na Ásia

A maior parte das bolsas asiáticas registrou nesta quinta-feira mais um dia de perdas, com as operações sendo influenciadas pela disparada do preço do petróleo no mercado internacional. O barril ultrapassou os US$ 100 em Londres e Nova York, marca que não era alcançada desde 2008, época da crise financeira global. A alta levou as ações do setor de aviação ao vermelho, diante da expectativa de aumento nos custos com combustível. Air China e Qantas Airlines caíram mais de 3% neste pregão.

Disparada do petróleo derruba bolsas na Ásia

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Disparada do petróleo derruba bolsas na Ásia

A maior parte das bolsas asiáticas registrou nesta quinta-feira mais um dia de perdas, com as operações sendo influenciadas pela disparada do preço do petróleo no mercado internacional. O barril ultrapassou os US$ 100 em Londres e Nova York, marca que não era alcançada desde 2008, época da crise financeira global. A alta levou as ações do setor de aviação ao vermelho, diante da expectativa de aumento nos custos com combustível. Air China e Qantas Airlines caíram mais de 3% neste pregão.

Cafeicultura arborizada traz resultados satisfatórios a produtores

Mesmo sendo sua produção tradicional a monocultura a pleno sol, os cafeicultores brasileiros estão se beneficiando com a arborização. Produtores de Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Bahia, Rondônia e Ceará vêm obtendo resultados satisfatórios. A técnica é utilizada desde o início do cultivo, na Etiópia, e em grande escala em Sumatra, Nova Guiné, Nicarágua, El Salvador, Peru, Panamá e Guatemala. Em 1895 foi relatada a tentativa inicial de sombreamento em solo brasileiro, na região de Campinas (SP). No entanto, o plano foi por água abaixo, já que as árvores empregadas tinham copas imensas e o excesso de sombra reduziu drasticamente a produção. O estado mineiro, que representa pouco mais da metade da cafeicultura do Brasil, tem seu cultivo realizado consorciado, principalmente, com banana-prata e coqueiro-anão. No entanto, no início da plantação é aconselhável a utilização de plantas de crescimento rápido, que irão proteger o café. Além disso, alguns cuidados básicos, como a poda e a adubação, precisam ser seguidos. No caso da poda, o professor Romário Ferrão, pesquisador da Incaper, diz no curso Como Produzir Café Conilon, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, que “a de produção deve ser realizada com alguns cuidados e observações locais, verificando-se o grau de fechamento da lavoura, o nível de depauperamento das plantas, a evolução do cultivo e a dependência do produtor em relação à produção futura”. Para implantar, é necessário verificar a espécie adequada para a região, de acordo com o clima local. De modo geral, as árvores devem ter raiz profunda e grande capacidade de geração de matéria orgânica. Também é importante que as sementes não se confundam com as do café e que a planta seja caducifólia (que perde as folhas), pois no inverno o sombreamento não pode ser intensivo, para não prejudicar a indução floral. As principais vantagens da arborização são as climáticas, como a redução do vento, que traz pragas e quebra os galhos; a radiação solar; e a geada, que além de amenizar a temperatura no interior da plantação garante um ambiente mais úmido. A técnica promove a maturação mais lenta do café, permitindo assim maior tempo de colheita. O custo do cafeicultor com o controle de espécies invasoras também cai. A consequência direta é a melhoria da qualidade do café. Centro de Produções Técnicas www.cpt.com.br

Governo espera preço maior para vender café estocado

Os preços do café, atualmente nos maiores níveis em quase 14 anos, terão que subir mais para que o governo brasileiro decida vender seus estoques da safra de 2009. A despeito da oferta apertada que fez os preços do café dobrarem desde o último ano, o mercado internacional deve manter os níveis elevados atuais, já que não há perspectiva no curto prazo de um aumento na oferta global, disse o diretor de Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva. "Quando o mercado remunerar, obviamente nós vamos pensar em vender, mas não neste momento", disse Silva, que é candidato do Brasil para assumir a diretoria executiva da Organização Internacional do Café (OIC), em escolha que deve ocorrer este ano. O Brasil tem aproximadamente 1,2 milhão de sacas de arábica da safra 2009, comprado originalmente no início de 2010 por cerca de R$ 300 por saca de 60 kg para dar sustentação aos preços no mercado local em um período quando os futuros eram negociados a quase metade dos valores atuais. Este café agora vale mais de R$ 500 a saca no Brasil, mostrando em tese um ganho de quase US$ 240 milhões para o governo. Enquanto este volume equivale a apenas cerca de 3% do que o Brasil embarcou no ano passado, uma injeção imediata desta oferta poderia de alguma foram minimizar o cenário de estoque apertado de 2011/12, no qual uma consultoria prevê déficit. A CoffeeNetwork, consultoria do setor, estimou na semana passada que a safra 2011/12 terá uma produção de 131 milhões de sacas. Tal volume ficaria abaixo da estimativa de uma demanda de 135 milhões de sacas. Mais de uma dezena de traders, analistas e produtores consultados pela Reuters em janeiro previram, em média, um balanço apertado entre oferta e demanda. Silva também descartou a ideia de oferecer incentivos para os produtores elevarem a produção, o que poderia levar a um colapso dos preços e o tiro sairia pela culatra para os produtores. "Nós não vamos estimular ninguém a tomar decisões que podem requerer ajuda depois", disse Silva. Ele disse que cabe a cada cafeicultor a decisão sobre se e em quanto expandir sua produção. Analistas disseram que a safra global de café não está conseguindo acompanhar o ritmo da crescente demanda. O segundo maior produtor global de café, a Colômbia, teve uma safra desapontadora e o Brasil caminha para um ano de "ciclo de baixa" em 2011. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou em janeiro a safra em 2011 entre 41,9 milhões e 44,7 milhões de sacas de 60 kg, abaixo dos 48,1 milhões de sacas do ano passado, quando o País teve um ciclo de alta. Silva disse ainda que tem recebido boas informações sobre o desenvolvimento da safra desde então. Reuters

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Clima pode levar à menor safra de café do México em 20 anos

O México pode ter a colheita de café mais fraca em quase 20 anos. Chuvas fora de época e clima frio resultaram em maturação irregular dos cafezais, o que provoca falta de mão de obra nas fazendas onde trabalhadores, pagos por cesto, não encontram cerejas suficientes para colher. O país é o segundo maior produtor mundial de café arábica suave e lavado, depois da Colômbia. A safra deste ano escapou de geadas que atingiram lavouras de milho, tomate, pimentão e outros produtos no início deste mês. Mas os cafeeiros antigos produzem menos cerejas, enquanto as plantas mais jovens ainda não são produtivas, o que restringe a oferta. A colheita fraca do México provocou queda de 26% nas exportações de café durante os quatro meses da temporada, que começou em outubro, na comparação com o ano anterior. Embora o governo do país diga que a colheita será 5% maior do que a do ano passado, somando 4,4 milhões de sacas de 60 kg, a principal exportadora do país, Agroindústrias Unidas de Mexico, não é tão otimista. A companhia estima a produção deste ano-safra em 3,5 milhões de sacas. A mais recente quebra na safra do país ocorreu em 1992/93, quando totalizou 3,4 milhões de sacas. O analista Rodrigo Costa, da corretora Newedge, avalia que "qualquer perda de produção em qualquer país vai contribuir para o que vemos no mercado, em termos de oferta apertada, especialmente de grãos de qualidade". Preocupações com a queda das exportações de arábica nos principais produtores sustentam os preços internacionais da commodity. Para os produtores que gostariam de tirar proveito dos preços elevados do café, a quebra na safra do México e a falta de trabalhadores é frustrante. Ildorfo Javier Aguilar, proprietário de cinco hectares de café no Estado de Guerrero, afirmou que foi buscar 17 "peones" (trabalhadores rurais) no Nordeste do país, quando viajaram por dez horas na carroceria de seu caminhão. Dentro de uma semana, seis deles deixaram a fazenda. Aguilar suspeita que os trabalhadores tenham encontrado atividades mais produtivas em outras lavouras. "Eles simplesmente desapareceram", lamentou o produtor. Aguilar explicou que paga 17 pesos por cesto cheio (US$ 1,41), o que corresponde a 13 kg de cerejas de café. Embora os pagamentos variem de região para região, o valor está dentro do que outros produtores pagam em Guerrero. Aguilar explicou que, se os catadores realizarem colheita seletiva (removendo apenas as cerejas vermelhas e maduras), seriam capazes de encher apenas dois cestos por dia. "Mas eles não querem isso. Portanto, simplesmente colhem tudo", disse, referindo-se à derriça, tipo de colheita em que se remove também grãos verdes e folhas. No México, esse procedimento é chamado de "ordeña" (ordenha). No entanto, o diretor de operações da Associação Mexicana de Produção de Café, Rene Ávila, acredita que pequenos produtores vão encontrar alternativas para o problema da falta de mão de obra. Talvez eles mesmos tenham de colher. "Com os preços atuais do café, nenhuma cereja vai ficar no pé", observou Ávila. Em uma cidade próxima à de Aguilar, os próprios produtores vão de pé em pé, colhendo individualmente as cerejas que estão brilhantes e vermelhas. Levam um dia inteiro para garantir que apenas as melhores foram removidas, pois são poucas. Ricardo Ibarra, proprietário de 75 hectares de café no Estado de Chiapas, disse que "esta é uma questão de produtividade por hectare". De acordo com ele, "se você tem uma macieira quase sem maçãs e paga uma pessoa por maçã colhida, obviamente a pessoa não vai querer trabalhar para você. Esse é o problema do México, uma questão de produtividade". Agência Estado

Chegada de uma frente fria traz chuva forte para região de café

Nesta quarta-feira, o predomínio é de sol entre muitas nuvens e pancadas de chuva a qualquer hora do dia no litoral, na região da Grande São Paulo e nos vales do Ribeira e do Paraíba, devido à chegada de uma frente fria. Nessas áreas, há risco de chuva forte a partir da tarde. Muitas nuvens e chuva passageira pela manhã e novamente a partir da tarde no norte paulista e no Triângulo Mineiro. Nas demais áreas paulistas, no Rio de Janeiro, no centro-sul capixaba e na maior parte de Minas Gerais, sol forte, aumento de nuvens e pancadas de chuva a partir da tarde. Apenas nos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri, em Minas Gerais e no norte do Espírito Santo, o sol brilha forte, faz muito calor e não chove.

Produtores de café antecipam venda da safra do grão em Minas Gerais

A disparada do preço do café faz agricultor negociar o café da próxima safra, que nem começou a ser colhido. A colheita da última safra de café do produtor João Romão, de Patrocínio, no Cerrado Mineiro, rendeu 1,7 mil sacas. Em outubro, ele vendeu apenas 20% e só agora, com o preço da saca passando de R$ 500, decidiu negociar o restante. “Essa última parte eu vendi a R$ 520 porque eu achei que é um preço excelente. Há muitos anos que o mercado não atingia um patamar desses. Eu comercializei sem medo de ser feliz”, explicou João Romão. No sitio de 46 hectares de João Romão, o café ocupa uma área de 26 hectares. O lucro que conseguiu ele vai investir em melhorias na propriedade. “De início, uma parte a gente já reserva para fazer a colheita da próxima safra. A outra parte o pensamento é investir na estrutura da propriedade. Cimentar ou asfaltar o terreirão e uma parte montar um secador para poder melhorar a qualidade do nosso produto”, justificou. Na região do Cerrado Mineiro, a colheita do café geralmente começa no fim do mês de maio. Por conta do bom momento do mercado, alguns produtores já venderam parte da produção e receberam antecipado pelo café que só será entregue no fim da colheita, no mês de setembro. O produtor Eduardo Marra, Patrocínio, já vendeu antecipadamente parte das nove mil sacas que espera colher na próxima safra. É um negócio pouco comum na cafeicultura, mas neste ano ele disse que vale a pena. “Recebe agora em torno de R$ 486 o saca e entrega a mercadoria até a primeira quinzena de outubro. É um ótimo negócio. Nós nunca negociamos nesse preço”, comemora. Segundo a OIC, Organização Internacional do Café, problemas climáticos afetaram as safras de vários países produtores. Outro motivo para a alta são os estoques mundiais de café, que atingiram o nível mais baixo dos últimos 40 anos.
Fonte:Globo Rural

Sem interesse de compradores, Conab marca novo leilão para o café do governo


O leilão de venda de 3.094.213 quilos de café em grãos (51.570 sacas de 60 kg), safra 2002/2003, realizado agora de manhã pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foi concluído sem interesse de compradores. Inicialmente, o aviso de venda número 045/11 previa a oferta de 3.171.979 kg (52.866 sacas). O produto está depositado no Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. A Conab definiu preço de abertura de R$ 7,67 por quilo, ou R$ 460,20 a saca. No período da tarde a Conab lançou novo edital conforme aviso 056/11 para o dia 01/03/11 a partir da 9:00 horas.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Artigo: 77,97, 11 o que significam estes números

77,97 e 11 não é nenhuma charada ou nenhum resultado de estudo matemático, são os anos onde tivemos as maiores altas no setor cafeeiro. Em 1.977 o preço do café teve a sua maior marca na bolsa Norte Americana atingindo o topo histórico na casa de $ 337,50 cents de dólar por libra peso, topo hoje respeitado e a ser batido em futuro próximo. Naquele tempo 1.977, o mercado teve seu ápice devido a uma geada negra no Paraná estado brasileiro que então respondia pela maior produção do setor cafeeiro, geada esta que foi no ano de 1.975, que foi a pá de cal desta região cafeeira, depois disso a cafeicultura buscou por novas áreas produtoras, o consumo mundial ficava em 1.977 na casa de 75 milhões de sacas, para uma produção de café que se equilibrava na época com o consumo na casa também de 75 milhões de sacas, no ano da geada o estoque de passagem dos países produtores era de 44 milhões de sacas de café o que no ano de 1.977 caiu violentamente pelo fator climático citado acima 25 milhões de sacas, neste período da cafeicultura existia algumas particularidades que temos que destacar:
1- O acordo internacional do café onde não poderia se vender café abaixo de $1,20 dólar por libra peso o que daria o piso para o preço do café.
2- Financiamento para abertura de novas áreas com prazo de sete anos de carência para pagamento, mostrando que a cafeicultura tinha uma política agrícola e estava em expansão.
3- Mão-de-obra abundante nas propriedades rurais e barata. O estoque mundial mínimo de passagem desta época foi entre 1979 e 1980 que ficou em 30.450 milhões de sacas onde sua maior parte ainda ficava nos países produtores que detinham 25 milhões de sacas. Ainda em 1.977 tivemos a máxima de preço em $337,50 e uma mínima de $148,05 cents de dólar por libra peso o que mostra um total descontrole dos preços e a sua manipulação e uma total desinformação dos países produtores, pois, tivemos o menor estoque de passagem logo dois anos apos. Em 1.997 tivemos novamente um novo pico de preço, aonde chegamos ao topo não histórico, mas da época em $3,18 cents de dólar por libra peso, novamente pico causado por uma geada que ocorreu no ano de 1.994, o mercado vinha de um período onde os estoques mundiais estavam muitíssimo altos e os preços estavam testando valores muito baixos, onde anos anteriores a geada o mercado trabalhava na bolsa entre mínima de 49,50 e máxima de 94,55. Fatos que temos que levar em consideração é que durante a década de 80 o Brasil passava por uma grande crise financeira aonde chegamos a ter inflação de 80% ao mês, onde a aplicação financeira era o melhor negocio que existia, e era neste mercado que a cafeicultura se defendeu nestas aplicações e como toda inflação corroia os salários da época que ficaram muito barato, outro fator que deu sustentação a cafeicultura da época. O consumo mundial ficava na casa de 108 milhões de sacas de café, para uma produção que ficava na casa de 95 milhões de sacas em anos anteriores a 1.997, e no ano de 1.997 respectivamente foi de 103 milhões de sacas de café, ou seja, abaixo do consumo mundial o que levou o preço a subir. Fatores que devem ser destacados da cafeicultura da época: 1-o plano real acabou com a inflação onde a alta dos preços do café alavancou a produção da época e o plantio. 2-a mão-de-obra ainda era barata o que contribuiu com o aumento de produção. 3-O acordo internacional do café foi extinto em 1989 e o mercado era livre. 4-a extinção do Instituto Brasileiro do Café, IBC, pelo governo Collor de Melo em 1990. Com estes preços em alta o produtor aumentou muito o seu plantio o que causou um grande problema em anos futuros. O menor estoque de passagem neste período foi na safra de 1.999/00 onde caiu para 31.364 milhões de sacas, o que mostra que o mercado trabalha prevendo o futuro próximo, muito perto do menor estoque de passagem que tivemos no pico anterior em 1.977, o estoque de passagem só começou a ser reposto no ano de 2.002, ano que tivemos uma super safra, e ano que tivemos os piores preços da história, onde cravamos o fundo em 42,20 cents de dólar por libra peso e com uma política cambial flutuante e uma troca de governo, onde tivemos preço em reais e em dólares que chega ser ridículo se pensarmos no tamanho do estoque de passagem mundial da época novamente uma desinformação, falta de política cafeeira. Deste fundo cravado em 2.002 o café começa em uma recuperação de preço em uma tendência de alta que estamos nela ate hoje. Chegamos em 2.010 e 2.011 com a produção crescente, mas mesmo com o crescimento da produção e novas técnicas de produtividade, os produtores passaram por uma década de prejuízos e o desestimulo era geral não só no Brasil, mas em outros países produtores. Este ano estamos vendo uma nova escalada nos preços provocados também por fatores climáticos, mas aí começa a diferença desta alta, entre as outras duas escaladas de preços, este fator climático não foi no Brasil e sim nos países da America Central e Colômbia. Outra diferença é que estes países da America Central perderam a competitividade quando os EUA tiraram o subsidio que dava a estes países, para investir na guerra conta o terrorismo e estão sentindo o gosto do mercado livre. A produção mundial este ano é recorde que devera fechar este ano safra em 139 milhões de sacas de café para um consumo de café que também é recorde de 138 milhões de sacas de café um muito perto do outro com um estoque de passagem na casa de 35 milhões e sacas de café. Conclusão desta sopa de números. 1-O fator climático citado acima nos países produtores da America Central e Colômbia mostra ser apenas o pivot para esta escalada de preço, pois vemos um aumento do consumo muito grande baixando muito rápido os estoques. 2- os preços sobem em safra recorde brasileira e mundial. 3-aumento do preço de todas as commodities em geral e não só de café. 4- A Mao de obra se torna o principal fator para um aumento na produção cafeeira no Brasil e no mundo, mão-de-obra cara e escassa 5- A revolução da classe media mundial querendo melhorias no padrão social aumentando o consumo não só de café, mas também de todas as commodities. 6- O aumento do consumo não se deu nos países mais ricos e sim em outros países principalmente nos BRICs com a expansão de suas economias. 7- Não esta havendo ainda um crescimento na área plantada, o que deve prolongar um pouco esta alta. Bom para finalizar o que temos em cima desses dados é que como o mercado trabalha com uma previsão futura acreditamos que com o aumento do consumo o estoque de passagem ira ficar na casa de 31 milhões de sacas e com uma safra menor no Brasil e com a continuação do aumento do consumo previsto pela Abic acreditamos em um estoque de passagem para 2011/12 nos países produtores abaixo de oito milhões de sacas o menor de todos os tempos, portanto esta escalada ainda esta longe de se acabar. O plantio devera começar novamente de forma agressiva no final deste ano de 2.011 o que poderá trazer uma safra recorde para o ano de 2.014 em torno de 65/70 milhões de sacas de café no Brasil, mas não sabemos se esta quantidade será suficiente para manter o consumo crescente, nem se haverá problemas climaticos para frustar isto. Vamos aguardar os acontecimentos e nos manter informados para que o mercado não seja manipulado novamente por falta de informação, pois tivemos fundo de mercado sem ter ápice de estoque.
Fonte:Wagner Pimentel WWW.cafezinhocomamigos.blog spot.com

Até no cafezinho se observa o problema da questão tributária

Se você estivesse tomando uma xícara de café na Plaza de Cibeles, em Madri, seria fácil responder a essa pergunta. Sobre esse cafezinho incidiria 7% de imposto, devidamente destacado no documento fiscal. Por outro lado, se essa mesma xícara de café fosse tomada em qualquer uma das cafeterias da Avenida Paulista, em São Paulo, essa pergunta ficaria sem resposta. Nem mesmo a cafeteria que lhe vendeu esse café saberia lhe responder! Isso é resultado do nosso tumultuado sistema tributário. Na União Européia, como em outros países, sobre os produtos e serviços incide um único imposto, conhecido por IVA, o Imposto sobre Valor Agregado. Esse imposto é calculado sobre o montante que é acrescido (agregado) em cada operação de comercialização de um produto. O cafeicultor, que vendeu os grãos de café à indústria de torrefação, por exemplo, pagará o IVA sobre essa venda. A indústria de torrefação, por sua vez, ao vender esses grãos torrados, pagará o imposto apenas sobre a diferença entre o valor de compra dos insumos e o valor de venda do produto, ou seja, sobre o valor agregado. O mesmo cálculo será adotado pelo distribuidor e pela cafeteria. E no Brasil, encontraremos essa informação no documento fiscal de compra daquele nosso cafezinho? Não, e nem seria possível em vista do nosso sistema tributário. Em substituição ao IVA europeu, sobre nossos produtos poderão incidir diretamente quatro tributos: o ICMS, o IPI, o PIS/PASEP e a COFINS. E a complexidade não acaba apenas no número de tributos. A fórmula de cálculo de cada um deles segue regras bem específicas. Em nosso país também temos um modelo de não cumulatividade, cujo objetivo é que a cada operação o imposto incida somente o valor que foi agregado, como ocorre na União Européia. A forma de cálculo, no entanto, é bastante diferente. A cada operação o tributo incide novamente sobre o montante do produto, com a possibilidade de apropriação de crédito referente ao tributo pago na operação anterior. Enfim, ao longo da cadeia, até você consumir seu cafezinho, podem ter ocorrido diversas formas de tributação, que impossibilitam a qualquer um, até mesmo ao governo, saber o quanto de tributo incidiu sobre o produto consumido. As próprias pesquisas que divulgam o montante de tributos por produto, por exemplo, precisam se socorrer a diversas considerações e ressalvas, ou então simular, a partir de dados estatísticos, o quanto por ventura seria devido de tributo. Essa complexidade já nos mostra que uma reforma tributária, que ao menos simplificasse nosso modelo tributário e permitisse que soubéssemos o quanto de tributo é realmente pago em cada compra, já traria grandes benefícios à nossa economia. Seguir o modelo europeu seria uma boa iniciativa. Enquanto isso, nem mesmo com Nota Fiscal Eletrônica conseguiremos saber quanto de tributo é pago em nosso simples cafezinho, comenta Fabio Rodrigues, especialista em Tributos da FISCOSoft.

Exportações: Embarques de fevereiro tem alta de 2,16%

As exportações brasileiras no mês de fevereiro, mais especificamente até o dia 21, totalizaram 1.379.992 sacas de café, alta de 2,16% em relação às 1.350.704 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior. De acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), 1.259.911 sacas embarcadas são referentes a café arábica 22.096 sacas de conilon e 97.985 sacas referentes a solúvel. Também até o dia 21, o Cecafé registrou a emissão de 2.182.113 certificados de origem, dos quais 1.923.057 são referentes a arábicas, 64.427 a conillon e 194.629 de solúvel.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Estoques nos armazéns brasileiros estão perigosamente baixos

Em mais uma semana com forte alta nos preços do café nas bolsas de futuro, a pergunta que mais se ouve é onde irão parar as cotações. Como já dissemos em nosso último boletim, é uma situação nova na longa história do café. As rápidas e profundas mudanças no cenário econômico e político mundial não permitem uma análise baseada em cenários do passado. Esse novo e desconhecido cenário encontra o mercado de café em uma situação de escassez de estoques sem precedentes. Segundo a Organização Internacional do Café, os estoques de café em mãos dos países consumidores são os menores dos últimos quarenta anos. Os estoques em mãos dos produtores são apenas os da safra corrente, sendo que no Brasil, maior produtor e exportador, já existe a preocupação sobre quantas sacas de café teremos para o consumo e embarque nos últimos meses deste ano-safra. Os estoques nos armazéns brasileiros estão perigosamente baixos e parte deles já comprometidos com os embarques de fevereiro e março. Os estoques certificados nas bolsas de Nova Iorque e São Paulo continuam baixos e sem possibilidades de alta significativa nos próximos meses, apontando para nova situação de aperto quando chegar a hora de liquidação dos contratos com vencimento em maio próximo. Já existem 83 mil contratos em aberto para maio em Nova Iorque. A próxima safra brasileira será, com certeza, menor que nossas necessidades de consumo e embarque. Nos países do BRIC muitos novos consumidores estão chegando ao mercado querendo adotar os hábitos de consumo das classes A e B. Os preços do café ao consumidor foram represados por muitos anos e só agora começam a ser reajustados. Estão baratos em relação a outras bebidas e tem espaço para subir sem afetar o consumo. Com o quadro acima, não é possível fazer previsões. Nossa opinião é que os preços continuarão firmes por muito tempo. Não existem condições para formação de estoques nos próximos anos e não podemos nem pensar em problemas climáticos nos países produtores. A "Green Coffee Association" divulgou que os estoques americanos de café verde totalizaram 4.044.513 em 31 de janeiro de 2011. Uma alta de 70.782 sacas em relação às 3.973.731 sacas existentes em 31 de dezembro de 2010. Até o dia 17, os embarques de fevereiro estavam em 1.023.704 sacas de café arábica, 21.776 sacas de café conillon, somando 1.045.480 sacas de café verde, e 78.301 sacas de solúvel, contra 790.655 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o dia 17, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 1.847.886 sacas, contra 1.339.895 sacas no mesmo dia do mês anterior. A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 11, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 18, subiu nos contratos para entrega em março próximo, 1970 pontos ou US$ 26,05 (R$ 43,34) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 11, a R$ 555,24/saca e hoje, dia 18, a R$ 597,94/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 430 pontos. 'agnocafe.com'

Fim do horário de verão não altera pregão na BM&FBovespa

A BM&FBovespa informa que continuam inalterados os horários atuais de negociação, das 10h às 18h (horário de Brasília) para os segmentos Bovespa e BM&F, apesar do fim do horário de verão em algumas regiões do Brasil neste sábado (19/02). A exceção são os contratos derivativos referenciados em café arábica e soja financeira. De 21/02 a 11/03, o horário de encerramento das negociações para os contratos derivativos referenciados em café arábica e operação de rolagem de futuro de café arábica será alterado de 16h35 para 15h35, e de soja financeira, de 15h para 16h. À meia-noite deste sábado, os relógios deverão ser atrasados em uma hora no Distrito Federal e em vários Estados.

Mercado: demanda excederá a oferta

Novos sinais de que a demanda excederá a oferta fizeram com que os preços do café terminassem a semana passada no patamar mais elevado desde 1997. Contratos com vencimento em maio fecharam o pregão de sexta cotados a US$ 2,73 por libra-peso, com alta diária de 415 pontos. O atual cenário resulta de problemas de abastecimento nos principais produtores, inclusive o maior deles, o Brasil. "A demanda está muito forte. Não existe o desenvolvimento de novas lavouras, fato que deixou o mercado concentrado no atual quadro de oferta apertada", disse Thomas Mikulski, estrategista-sênior da Lind-Waldock à Bloomberg

Gráfico aponta elevação histórica no preço do café

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Receita de musse de café ao pão de ló

Uma sobremesa que aproveita de forma diferente o tradicional café é a sugestão do chef de cozinha Leonardo Mendes. Anote os ingredientes: Ingredientes Pão de ló 140g de farinha de trigo 40g de manteiga derretida 4 ovos 140g de açúcar Musse 450g de creme de leite fresco 250ml de leite 20g café solúvel 100g de gema 50g de açúcar refinado 12g de gelatina hidratada 300g de chocolate ao leite.
Modo de Preparo Musse:
Comece fazendo a musse. Em uma panela, coloque 250g de creme de leite, leite e o café. Deixe ferver. Em uma tigela, misture o açúcar e as gemas. Depois, jogue na panela. Retire do fogo. Adicione o chocolate derretido. Numa tigela com um pouco de água, derreta a gelatina. Enquanto a gelatina derrete, leve a mistura para um liquidificador durante três minutos, na velocidade máxima, pra deixar a musse bem lisinha. Pegue a gelatina que já derreteu e use parte dela. Leve a mistura para a geladeira por uma hora e meia ou deixe no freezer por 30 minutos. Quando estiver pronta, acrescente o resto do creme de leite. Volte com a musse para a geladeira por mais uma hora e meia Pão de ló Coloque os ovos e o açúcar em banho Maria e mexa um pouco. O ponto é quando a temperatura ainda estiver suportável em contato com a pele. Leve à batedeira até ficar esbranquiçado. Pegue uma colher cheia e misture manteiga derretida. Depois, incorpore o restante. Junte a farinha de trigo peneirada e misture. Espalhe a massa no tabuleiro de fundo falso, que deve estar untado e enfarinhado. Leve ao forno pré-aquecido durante seis minutos. Deixe esfriar. Jogue a musse por cima e deixe esfriar na geladeira para que a sobremesa fique mais consistente. Desenforme e decore a gosto.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Oferta e estoque reduzidos sustentam preço

Os preços do café no mercado internacional estão firmes, diante do quadro de oferta apertada no curto prazo e da redução dos estoques globais. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), os contratos futuros de arábica estão nos melhores níveis em pouco mais de 13 anos. A média mensal do preço composto da Organização Internacional do Café (OIC) subiu de 184,26 centavos de dólar por libra-peso em dezembro passado, para 197,35 centavos de dólar por libra-peso no mês passado, o maior nível desde setembro/94. Segundo a OIC, problemas climáticos prejudicaram a safra em diversos países exportadores. A produção brasileira deverá diminuir este ano em relação a 2010, por causa da bienalidade da cultura, na qual uma colheita abundante em um ano é seguida de uma menor na safra seguinte. O volume dos estoques nos países exportadores no ao-safra 2010/2011 não deve ultrapassar 13 milhões de sacas de 60 quilos. Nos países importadores o estoque foi estimado em cerca de 19 milhões de sacas em setembro de 2010. O consumo mundial de café em 2010 está estimado pela OIC em 131 milhões de sacas, impulsionado principalmente pelos mercados emergentes, em particular naqueles em que existem promoções e programas destinados a aumentar o consumo doméstico. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) informa que as cotações do café arábica, bebida rio (tipo 7), de média qualidade, começam a reagir no mercado interno. Até o fim de 2010, as cotações do produto alcançavam cerca de R$ 230 a saca. No fim de janeiro passado, a maioria das praças de comercialização já registrava negócios em torno dos R$ 260 a saca. Segundo o Cepea, a reação é considerada pequena quando comparada com o arábica de melhor qualidade. De junho/2010 (início da safra 2010/2011) até janeiro/2011, a média do arábica bebida dura avançou expressivos 42%, enquanto o café rio, apenas 15%.

Greve na Colômbia segura alta do café

Uma greve de caminhoneiros na Colômbia atrapalha as exportações de café no país há quatro dias e contribui para a sustentação dos preços internacionais. Quase 200 mil grevistas exigem a retomada da política de preços mínimos do frete, suspensa pelo governo. Problemas no transporte do café limitam a oferta global do grão de qualidade, que já é bastante restrita. E a Colômbia é importante produtor mundial. Ontem, na Bolsa de Nova York, o contrato do café para entrega em maio fechou a 261,60 centavos de dólar por libra-peso. Embora a alta tenha sido modesta, de 0,19%, os preços estão em níveis bastante elevados: na véspera, o mercado registrou a maior marca em 13 anos e meio. As cotações também encontram suporte na expectativa de safra menor neste ano no Brasil, maior produtor do mundo.

Café brasileiro negociado a “ Par”

A China aumentou a taxa de juros mais uma vez na última terça-feira para tentar conter sua inflação, e o efeito imediato foi uma queda para as commodities – que acabou não sendo tão grande. Relatórios mais altistas do USDA para os mercados dos grãos e o algodão, e a continuação da situação incerta na Costa do Marfim ajudaram alguns componentes da cesta de commodities a subir. No mercado financeiro os bonds americanos caíram mais, em um misto de uma demanda reduzida dos leilões de títulos no país, e uma realocação de recursos que tem levado mais dinheiro para o mercado acionário – com uma aposta na recuperação da economia dos Estados Unidos. Na sexta-feira a saída do presidente do Egito Hosni Mubarak também ajudou as bolsas – os militares tomaram o poder e o ex-presidente parece que foi para um “resort” (ele tem uma fortuna estimada em quase 70 bilhões de dólares). O café em Nova Iorque fez uma nova alta de 13 anos e meio, com as casas comerciais dando suporte para o mercado. Os fundos de fato tomaram lucro vendendo parte de suas posições compradas, porém não pressionaram as cotações para baixo pois a compra dos “commercials” deram suporte, como vimos no relatório de participantes (o COT). O destaque da semana ficou por conta do barateamento do spread de março contra maio na ICE com os fundos rolando uma boa parte de suas posições compradas e provocando o alargamento para um desconto de US$ 3.25 centavos/libra. A surpresa ficou por conta da certificação de café colombiano, 2,750 sacas no porto de Nova Iorque, algo de difícil explicação dado que o diferencial que a bolsa paga é US$ 2 centavos/lb acima da cotação de tela, bem abaixo dos atuais US$ 20 centavos/lb acima que o mercado paga. Claro que a certificação não significa que o dono do café vai entregar seu café, mas por que fazer isto se os armazéns certificados são mais caros do que os não certificados? Vamos monitorar o andamento disto. Os mais maldosos dizem que não deve ser café colombiano de verdade, e sim um teste, o que não dá para acreditar. Para o capítulo “Quase nunca se viu isto na história do café”, vai o barateamento dos diferenciais dos cafés lavados e a manutenção dos cafés brasileiros em níveis altos. Enquanto vimos o café colombiano caindo de 40 a 45 centavos acima para 22 a 28 centavos acima em menos de um mês, o fine-cup brasileiro saiu de quase 15 abaixo para “par”, ou seja o mesmo nível que negocia o contrato “C”. O motivo talvez venha dos quase 80% da safra corrente já ter sido comercializada, sendo que os cafés finos provavelmente tem um percentual ainda maior de desaparecimento. No mercado físico brasileiro está acontecendo o que comentamos aqui há 4 semanas atrás, uma diminuição da diferença de preço entre os cafés medianos/bons para os finos no mercado interno. É aquele negócio: tem que usar o café que existe, alternativa melhor do que desabastecer as prateleiras. Também ouví que estão saindo mais negócios a termo (ou “futuro de gaveta” como alguns chamam) para a safra 2011/2012, o que é mais um exemplo da disciplina dos fazendeiros em aproveitar os preços altos e garantirem a venda de pelo menos uma porção do que produzirão. Parabéns! Do lado da indústria, um grande torrador americano aumentou os preços do torrado e moído em 10% nesta semana, motivo que ajuda a elevar o nível de fixação no mercado futuro (de bolsa). O mercado tecnicamente deu sinais de fraqueza com o fechamento da semana, e para não sofrer uma onda de realização precisa se manter acima de 250.00 centavos. Uma queda acentuada, caso venha a acontecer, deve encontrar um bom interesse de compra e muito provavelmente evitar perdas que levem o mercado abaixo de 240.00 centavos.*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting