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terça-feira, 1 de junho de 2010

Começa o mercado de clima

No início da semana o FMI pediu à Espanha para “revisar” urgentemente alguns de seus bancos que estão em situação complicada, acusando o país por estar muito vagaroso em lidar com o problema. Na sexta a agência Fitch rebaixou as dívidas espanholas de AAA para AA+, com um viés negativo. Os mercados também ficaram nervosos com declarações das Coréias, que se ameaçam depois de algumas indicações de que a do Norte afundou uma embarcação de guerra da do Sul no final de março. Com novas ondas agitadas na ainda turbulenta maré, a LIBOR (taxa de empréstimos entre bancos internacionais) subiu para o maior nível desde julho de 2009, e claro que as bolsas de ações, commodities e as moedas tiveram oscilações fortes. O café mais uma vez ficou relativamente tranquilo, e conseguiu fechar bem na semana, com ganhos de US$ 2.45/saca em Nova Iorque, US$ 2.95/saca em São Paulo e US$ 2.84/saca em Londres. No físico temos uma situação inusitada, pela primeira vez no fim do mês de maio a disponibilidade de café suave da América central é praticamente inexistente. Na Colômbia a situação não é muito diferente, já que a safra intermediária deles (conhecida como “mitaca”) foi menor do que esperada. Os diferenciais colombianos saltaram quase US$ 10 centavos por libra apenas nesta semana, indicando que alguém mais uma vez pode estar se machucando. A origem “vendedora” do momento, que todos esperavam ser o Brasil dado o início antecipado da colheita, se comporta como se não estivesse colhendo a maior safra de sua história, ainda que o volume negociado no físico tenha melhorado um pouco. Enquanto isto as indústrias torrefadoras americanas, vendo os diferenciais da matéria-prima se mantendo elevados, incrementaram o preço do café torrado e moído, provendo suporte ao terminal que continua não rompendo os US$ 130.00 centavos/libra. A temporada de furacões nos Estados Unidos tem seu início com o marco simbólico do feriado do Memorial Day, na segunda-feira dia 31 de maio, quando também começa a temporada das viagens-automotivas (driving-season) com a chegada do clima mais quente no hemisfério norte. Ao mesmo tempo as temperaturas baixam no hemisfério sul, e com isso a palavra “geada” pipoca no noticiário, ainda que não haja risco para as áreas de café na primeira frente fria que chega no Brasil no final da primeira semana de junho. Mas como o seguro morreu de velho, não seria prudente passar o final de semana prolongado vendido no café, portanto os especuladores frearam seus interesses de venda. O relatório de posicionamento dos traders mostrou os fundos vendidos mais uma vez, o que pode desencadear uma cobertura caso NY trabalhe acima de US$ 136.00 centavos/libra. Resta saber se o sazonal de baixa, que normalmente pressiona os preços da bolsa de agora até o final de julho, deixará com que o mercado suba. Ao mesmo tempo que muitos crêem que o Brasil precisa vender, o torrador não parece estar nada confortável com o seu nível de cobertura. Veremos. No curto prazo creio que poderemos ver uma leve alta, mas não suficiente para que o “C” rompa os US$ 140.00 centavos/libra – a não ser que a frente fria seja mais forte do que se prevê. *Rodrigo Corrêa da Costa

Embarques de maio tem alta de 10,1%

As exportações brasileiras no mês de maio, mais especificamente até o dia 31, totalizaram 2.149.231 sacas de café, alta de 10,1% em relação às 1.951.998 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior. De acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), 1.814.554 sacas embarcadas são referentes a café arábica e 96.468 sacas de conilon e 238.209 sacas referentes a solúvel. Também até o dia 31, o Cecafé registrou a emissão de 2.451.568 certificados de origem, dos quais 2018.494 são referentes a arábicas, 162.675 a conillon e 270.399 de solúvel.